Combate à adulteração de documentos: empresas adotam tecnologia OCR (Optical Character Recognition)
Sistema antifraude faz validação cruzada de dados para garantir segurança e eficiência ao processo de informações
Com a evolução da tecnologia, o montante de informações digitais cresce diuturnamente. Desde o início da pandemia, a oferta de serviços e produtos online acelerou a digitalização, e fez com que empresas adotassem sistemas mais tecnológicos no combate a fraudes, que de forma paralela, também avançou no país.
De acordo com o Fraud & Abuse Report da Arkose Labs – empresa norte-americana especializada em segurança da informação – o Brasil está no ranking dos cinco países mais afetados pelas fraudes digitais no primeiro trimestre de 2020.
Uma das formas mais recorrentes de fraude, articulada pelos golpistas, é a adulteração de documentos, onde o fraudador utiliza identificação falsa ou montada – com alteração do nome, filiação, data de nascimento e expedição, ou mesmo apenas substitui a foto de um documento roubado e plastifica para dar aspecto de novo.
Sistemas antifraudes são maneiras eficientes de prevenir tais golpes, como a tecnologia OCR (Optical Character Recognition), utilizada desde 2016 pela proScore – bureau digital de crédito e authority de score, especializada em Big Data, Analytics e motores de decisão – na identificação e combate de documentos falsos.
Trata-se de uma tecnologia capaz de reconhecer caracteres a partir de um arquivo de imagem e fazer a extração de dados do documento de forma automatizada. “OCR é um leitor. Sozinho não identifica fraude. É preciso um sistema para fazer validação cruzada de dados para garantir segurança e eficiência ao processo”, afirma Mellissa Penteado, fundadora e CEO da proScore.
Todos os documentos podem ser lidos pelo OCR, uma vez que há tipificação (e recusa – caso não seja documento), análise da qualidade das imagens e estruturação de informações.
Mas como funciona o software OCR?
A tecnologia OCR realiza uma série de processos para entregar o resultado da análise automatizada: preparação, reconhecimento e tratamento.
Preparação: consiste em preparar a imagem para o reconhecimento de caracteres. Para isso, são identificadas e eliminadas todas as características da imagem que não são caracteres, como fotos, ícones, marcas d’água, sombras, entre diversos outros aspectos.
Reconhecimento: O software utiliza diversas técnicas, como comparar cada um dos caracteres identificados previamente com uma base de símbolos para definir padrões e encontrar semelhanças. Dependendo da complexidade das fontes, alguns softwares mais robustos também identificam as características como curvas, volume, linhas, entre outros aspectos.
Tratamento: depois da identificação e definição de caracteres, o software de OCR compara as informações extraídas como uma base de palavras do idioma, por exemplo, ou com o padrão sequencial dos números de documentos. Assim, a partir das definições encontradas nesse processo, a ferramenta confirma os dados extraídos.
Com o leitor OCR, o cadastro manual do cliente pode ser dispensado. “Para isso, o documento precisa estar em boas condições para a captação. O sistema da proScore faz a melhoria das imagens no sentido de otimizar a captura e mitigar erros”, ressalta Mellisa Penteado.
Ainda segundo Mellissa, o software OCR utilizado pela proScore, otimiza o preenchimento de informações por parte dos clientes. “O software OCR garante informações corretas, que podem ter sido digitadas equivocadamente, como em situações de clientes com baixo letramento. Após serem estruturadas, estas informações, também são inseridas num contexto de validação antifraude – como base de óbitos, por exemplo”, enfatiza Penteado.
Segundo informações da Agência Brasil, o governo prorrogou para primeiro de março de 2022 a obrigatoriedade do modelo de carteira de identidade. O novo modelo traz dispositivos para aumentar a segurança contra a falsificação, além da possibilidade de incluir no mesmo documento outros registros, como: Título de Eleitor, numeração da Carteira de Trabalho e Previdência Social, Certificado Militar, Carteira Nacional de Habilitação, Documento de Identidade Profissional, Carteira Nacional de Saúde e números de NIS/PIS/Pasep, além de outros detalhes.
“Mesmo com a implantação do novo modelo de carteira de identidade no Brasil, o OCR da proScore vai continuar ativo para atuar no combate contra a falsificação, isso porque ele tem capacidade de leitura de qualquer documento, inclusive o RG com dispositivo”, finaliza Mellissa.
Sobre Mellissa Penteado – Formada em Administração pela PUC/SP, com especializações pela Disney Institute, Law Business School, Ohio University e Business pela University of Akron. Iniciou sua carreira no setor de fomento mercantil em 1995 até fundar a proScore Tecnologia no ano 2000, birô digital de crédito e authority de Score. Com mais de 19 anos de vivência na área administrativa e tecnológica, é CEO da empresa e em 2018 fundou o Bancoin, fintech de inclusão financeira e social especializada em desbancarizados.
Sobre a proScore – A proScore Tecnologia é um bureau digital de crédito, authority de Score, especialista em Big Data e inteligência de dados, assim como motores de decisão, com objetivo de desenvolver soluções completas e customizadas focadas em negócios com qualidade, segurança e agilidade tecnológica. As informações fornecidas pela proScore auxiliam na tomada de decisão, seja no viés crédito, cobrança, fraude ou prospecção de clientes; além de sanear e enriquecer bases de dados legadas. Com mais de 20 anos de tradição no mercado brasileiro é o único bureau com capital 100% nacional. Acesse: www.proscore.com.br