Temperatura se mantém abaixo de 10 graus até domingo e ressaca persiste
O final de semana promete ser de muito frio, ainda, e com registro de ressaca no mar devido à frente fria que passa pela região. Conforme o Centro de Previsão do Tempo de Estudos Climáticos (CPTEC), a probabilidade de chuva até domingo em Caraguatatuba é de 5%.
A temperatura mínima no sábado (31) deve ficar em torno de 9 graus e a máxima 21. No domingo, ela esquenta um pouquinho, subindo para 10 e 23, respectivamente.
Já o boletim emitido pelo Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil mantém a previsão de ressaca com ondas de direção sudoeste a sudeste, com até 4 metros de altura, na faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.
Este alerta é muito importante aos navegantes das comunidades de pesca e esporte e recreio, que devem consultar essas informações antes de saírem ao mar.
Na quinta-feira (29), forte ressaca voltou a provocar estragos na Praia da Mococa, atingindo quiosques e árvores. Hoje, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca esteve no local para definir as medidas de contenção a serem tomadas.
Como medidas paliativas para ajudar os quiosqueiros da Mococa, já foi realizada a demarcação topográfica das novas áreas a serem ocupadas pelos quiosques, conforme projeto aprovado pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU), com o objetivo de autorizar a colocação de contêineres em caráter provisório, inicialmente, para as unidades que foram significativamente afetadas pelas ressacas da última semana e, assim, possam continuar em funcionamento.
De acordo com diretor de Meio Ambiente, Ronaldo Cheberle, que também é oceanógrafo, com base em informações técnicas e científicas baseadas em monitoramentos oficiais realizados por órgãos reconhecidos mundialmente como a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), atualmente, está ocorrendo a transição do período do fenômeno “La Niña” para o “El Niño”.
Ele disse ainda que essas mudanças, em geral, afetam os padrões climáticos de maneira significativa, inclusive no hemisfério sul e, por consequência, podem resultar no aumento da frequência de frentes frias que chegam à costa sul e sudeste do Brasil.
“Importante ressaltar que, durante esses fenômenos cíclicos e naturais que ocorrem aproximadamente a cada quatro anos, pelo menos em princípio, é esperado que existam fases em que as ressacas, principais responsáveis pelos processos erosivos em praias arenosas, sejam mais intensas”.
Foto: Claudio Gomes e Luis Gava/PMC