Praia da Tabatinga recebe mutirão de limpeza neste sábado (12)
Como parte do projeto ‘Despoluição do Rio Tabatinga “Água Limpa + Saúde” e atividade integrada ao mês do Meio Ambiente, a Praia da Tabatinga, na região norte de Caraguatatuba, recebe neste sábado (12), das 7h30 às 13h, um mutirão de limpeza.
A ação é coordenada pela ONG Centro Educacional e Ecológico de Proteção Ambiental (Ceepam) e conta com apoio da Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (SMAAP), Sabesp, Condomínio Costa Verde, Hidrel, Supermercado Prime, Pousada Port Louis, Náutica Costa Verde e Gigliard, o Guardião da Costeira.
Voluntários que puderem participar podem se dirigir ao local onde serão divididos em cinco equipes para fazer o trabalho em diversos pontos do bairro. Devido à pandemia, todos os protocolos sanitários contra a Covid serão adotados, devendo os participantes usarem máscara de proteção fácil e luvas, além de manterem o distanciamento social.
O projeto teve início há um mês com a instalação de placas ao longo do Rio Tabatinga e plantio de mudas e traz, entre outras ações, a ligação de esgoto doméstico à rede da Sabesp.
O presidente do Ceepam, Eduardo Leduc, explica que a iniciativa visa a melhoria do Rio Tabatinga que faz divisa com Ubatuba e há mais de um ano a praia se mantém com a bandeira vermelha da Cetesb, que indica poluição da água do mar no trecho próximo ao rio.
“Há pontos depois da ponte da Rodovia Doutor Manuel Hipólito Rego (SP-55) e a desembocadura do rio onde a coleta sinalizou de 15 mil a 100 mil, quando o tolerável é de 5 mil”, alerta Leduc. Segundo ele, o trecho é pequeno e passível do problema ser resolvido. “Essa ação tem esse objetivo: identificar os pontos de poluição”.
Ainda conforme ele, o ponto mais alto de poluição chegou a 100 mil e fica do lado direito da ilha do Rio Tabatinga onde existe a maior concentração de esgoto e coliformes totais.
Além da questão ambiental, os organizadores atentam para os problemas de saúde que a poluição pode ocasionar para os banhistas do rio e das praias.
“A doença mais comum associada à água poluída por esgoto é a gastroenterite, que apresenta como sintomas o vômito, dores de estômago, diarreia e febre. A poluição pode também causar a hepatite e outras doenças oportunistas como conjuntivites, otites e doenças na pele”, alerta presidente do Ceepam, acrescentando que “nadamos em nosso próprio lixo e esgoto. Precisamos vamos mudar isso”.
Foto: Luís Gava/PMC e Foto: Divulgação/PMC