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São Sebastião inicia obras para implantação de moradias definitivas para desabrigados

Estão previstas 704 casas permanentes a serem construídas pela CDHU; investimento é de R$ 93,3 milhões nesta etapa

As obras de infraestrutura para a construção de moradias populares permanentes em São Sebastião, destinadas a abrigar as famílias desalojadas pelas chuvas intensas durante o Carnaval, foram iniciadas nesta quinta-feira (23). O investimento total será de R$ 93,3 milhões e será dividido em duas etapas, que incluem pavimentação e instalação de infraestrutura básica.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), vinculada ao governo do Estado, iniciou a limpeza de terrenos em Maresias e Baleia Verde, na Costa Sul, onde 704 residências serão construídas. As máquinas da CDHU já estão trabalhando nessas áreas.

Segundo o diretor de Engenharia da CDHU, Silvio Vasconcelos, a limpeza e nivelamento do terreno de 12 mil metros quadrados em Maresias está em andamento para que possa receber a fundação. “Em seguida, vamos liberar para a construção de 186 apartamentos com térreo e mais três andares”. Essa área foi cedida pela Prefeitura de São Sebastião.

Já na Baleia Verde são 518 unidades, incluindo algumas moradias adaptadas para pessoas com deficiência, em terrenos que somam 39,3 mil metros quadrados, em áreas desapropriadas pelo Estado. Segundo Vasconcelos, também será feita a infraestrutura e as unidades já estão sendo fabricadas e chegarão pré-montadas para que se consiga fazer em tempo recorde a construção. A estimativa do governo do Estado é que os imóveis fiquem prontos em até 150 dias depois de iniciada a segunda fase.

Ao mesmo tempo, terá a construção de 144 casas na chamada Vila de Passagem, na Topolândia, sendo 72 unidades em um terreno menor, e outras 72 em um terreno maior, em caráter emergencial, ao atendimento de moradores de áreas de risco afetados e famílias que perderam suas casas em razão das chuvas intensas.

No local, já foram iniciadas a parte de fundação e as placas de montagem estão sendo fabricadas para que todas fiquem concluídas dentro do mês de abril. As famílias vão para essas vilas de passagem e depois para as moradias definitivas quando ficarem prontas.

“Vamos transformar a tragédia de São Sebastião em um exemplo a ser replicado na questão da prevenção e de respostas de curto prazo em situações extremas”, disse o governador Tarcísio de Freitas.

Para o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, este é um momento muito importante, principalmente para a população que foi duramente atingida pela tragédia de 19 de fevereiro.

“Tanto o governador Tarcísio como o presidente Lula estiveram aqui com a gente no início dessa tragédia e foram extremamente solidários na ajuda para com São Sebastião e agora se consolida no início da construção das casas que vão beneficiar a população. Não vamos abandonar nenhum sebastianense. Vamos reconstruir São Sebastião”.

Lares provisórios

Além da Vila de Passagem da Topolândia, a CDHU disponibilizou 300 apartamentos em Bertioga e até quarta-feira (22) à noite 76 famílias (227 pessoas) já haviam ocupado as unidades habitacionais.

Para apoiar na transferência destas famílias, já foram doados 170 fogões, 170 geladeiras, 85 micro-ondas e 300 colchões. Os desabrigados permanecerão nessas habitações até que as moradias definitivas em São Sebastião sejam entregues.

No espaço, eles não pagam água, luz e condomínio. As crianças em idade escolar vão estudar temporariamente em Bertioga. Os que precisam estudar em São Sebastião são levados pelo transporte escolar municipal da cidade.

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