Com baixa adesão, campanhas de vacinação contra a poliomielite e multivacinação são prorrogadas até 31 de outubro
Em São Sebastião, 2.658 crianças foram vacinadas contra a poliomielite desde o início da campanha, 49,10% do público-alvo
A Prefeitura de São Sebastião, por meio da Secretaria de Saúde (SESAU) e da Fundação de Saúde Pública (FSPSS), informa que as campanhas de multivacinação e contra a poliomielite foram prorrogadas até 31 de outubro, devido à baixa adesão da população-alvo e, respectivamente, resultados de cobertura vacinal abaixo do esperado.
As vacinas estão disponíveis de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, nas Unidades de Saúde da Família (USFs) – confira os endereços clicando AQUI. Para que a criança ou adolescente receba o imunizante é necessário apresentar carteirinha de vacinação.
A campanha contra a poliomielite é voltada a crianças menores de 5 anos, buscando alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a faixa etária. Desde o início da campanha, foram imunizadas 2.658 crianças, número muito abaixo da população-alvo, composta por 5.413 crianças. Em percentual, a cobertura vacinal da campanha contra a poliomielite está em 49,10%, considerada baixa.
A campanha de multivacinação tem como objetivo atualizar a caderneta de vacinas de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Estão disponíveis as 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente menor de 15 anos, entre elas as que protegem contra doenças como hepatites A e B, tétano, pneumonia, meningite, febre amarela, sarampo, rubéola, caxumba, catapora, varicela e HPV.
Até o momento, compareceram para atualizar a caderneta de vacinação 2.847 crianças e adolescentes, dos quais 1.895 foram imunizados. Os demais estavam com as vacinas em dia.
Caso identificado nos Estados Unidos
Em 21 de julho deste ano, como resultado da vigilância realizada nos Estados Unidos, o departamento de Saúde de Nova Iorque informou a identificação de um caso de poliomielite paralítica em um indivíduo não vacinado no condado de Rockland.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertaram, em 10 de junho, sobre o risco de emergência de um poliovírus derivado de vacina. Os Estados Membros foram instruídos a implementar medidas eficazes para reduzir o risco de surtos, mantendo altas cobertura e normas de vacinação e vigilância epidemiológica.
No Brasil, o último caso de poliomielite reportado foi em 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem (PVS) da Organização Pan-Americana da Saúde.
No entanto, até que a doença seja erradicada, existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Dessa forma, é importante manter as crianças menores de cinco anos de idade protegidas mediante elevadas e homogêneas coberturas vacinais, entre outras medidas.