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Secretaria de Saúde promove ação durante ‘Janeiro Roxo’ para conscientização sobre hanseníase

Janeiro é o mês da conscientização sobre a hanseníase. A campanha, intitulada ‘Janeiro Roxo’, visa a prevenção e a propagação de informações sobre a doença que muita das vezes é desprezada e esquecida pela sociedade.

Em alusão ao ‘Janeiro Roxo’, a Secretaria de Saúde vai promover uma ação nos dias 24 e 28 de janeiro, no período da tarde, para oferecer orientações sobre a doença.

O público-alvo dessa ação serão os pacientes que aguardam atendimento na sala de espera do Centro de Especialidades Médicas (CEM).

No ano passado, 16 novos casos de hanseníase foram notificados em Caraguatatuba. Desses, 12 pacientes estão em tratamento no Setor de Dermatologia Sanitária do CEM. Os demais já tiveram alta.

Mas o que é a hanseníase?

Para quem não sabe, segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae.

A doença atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a partir de dados do Ministério da Saúde, a doença é mais frequente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, que respondem por quase 85% dos casos do país. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina.

Quais são os principais sinais e sintomas da hanseníase?

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
  • Comprometimento do (s) nervo (s) periférico (s) – geralmente espessamento (engrossamento) –, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. 

Onde procurar ajuda?

A porta de entrada sempre será a rede de atenção básica de saúde. Caso apresente algum sinal ou sintoma da doença, a pessoa deverá procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para uma avaliação médica.

Se houver a suspeita de hanseníase, o paciente será encaminhado ao setor de dermatologia sanitária do CEM para que uma avaliação com o médico especialista seja agendada.

Dessa forma, o paciente para continuidade, investigação através do teste de sensibilidade, baciloscopia para hanseníase, biopsia se necessário.

O tempo de tratamento pode variar entre seis e 12 meses. Tudo vai depender da gravidade de cada caso. Alguns pacientes têm a forma mais branda da doença, porém, outros já possuem o tipo mais grave.

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