Nos últimos dias, o litoral de São Paulo tem sido palco de um fenômeno climático incomum: um denso nevoeiro que tem afetado a visibilidade nas estradas e no mar, além de obscurecer o sol. Essa condição tem causado diversos transtornos, impactando a navegação de balsas e navios, e dificultando o tráfego de veículos.
O nevoeiro, que se formou predominantemente nas manhãs, tem apresentado variações em seu comportamento. Em alguns dias, o fenômeno se dissipava à medida que o sol avançava no céu, enquanto em outros momentos, ele retornava no final da tarde, prolongando-se até a tarde de quinta-feira, quando se manteve denso durante a maior parte do dia.
A principal causa desse nevoeiro está relacionada a um contraste térmico significativo entre o mar e a atmosfera. O fenômeno ocorre quando a temperatura da água do mar está consideravelmente mais fria do que a do ar que sopra sobre ela. Este diferencial térmico provoca a condensação do vapor d’água presente no ar, formando uma densa camada de nuvens baixas, visível nas imagens de satélite como uma espessa cortina sobre a região litorânea.
Recentemente, a atmosfera tem se mantido estável no Sul e no Sudeste do Brasil devido à presença de uma forte massa de ar quente. No entanto, a situação está prestes a mudar. Uma nova frente fria, que avança com intensidade sobre o Sul do Brasil, está começando a movimentar a atmosfera e gerar ventos que misturam o ar. Essa frente fria deve chegar ao litoral paulista nesta sexta-feira, trazendo consigo a expectativa de chuva, ventos moderados e uma queda na temperatura para o fim de semana.
Esse fenômeno atmosférico, portanto, resulta de uma combinação de fatores, incluindo o contraste térmico entre o mar e a terra e a influência de sistemas de pressão e massas de ar. À medida que o clima evolui, o litoral de São Paulo deve se preparar para enfrentar as mudanças climáticas esperadas nos próximos dias, que podem influenciar tanto as condições de navegação quanto as atividades diárias da população.