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Ciapi tem grupo de fisioterapia para pacientes com sequelas de AVE

O acidente vascular encefálico (AVE) é a segunda causa de morte no Brasil, perdendo apenas para as doenças arteriais coronarianas.

O AVE pode causar perda parcial ou total de movimento de um segmento do corpo, podendo ter comprometimento de aspectos cognitivos ou não e, por vezes, da fala.

Entre as atividades oferecidas no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (CIAPI) está o grupo de fisioterapia para sequelados do AVE.

As sessões são coordenadas pelo fisioterapeuta Marcelo Barbosa, às segundas e quartas, e têm como objetivo fazer com que os participantes mantenham e até mesmo ganhem amplitude nos movimentos afetados pela doença.

“Nosso propósito é a reabilitação, é evitar o encurtamento ou deformação da musculatura, além do convívio social, muito importante para quem se recupera e está aprendendo a conviver com as consequências do AVE”, disse Barbosa.

Entre os participantes estão os aposentados Eneida Aparecida Tavares, 59 anos, e Mário Luís Severino, 70 anos, ambos vítimas de AVE em 2017 e 2019, respectivamente.

“Desde que sofri o derrame há dois anos, avancei muito. Não falava, não andava, agora já dirijo com as duas mãos. No Ciapi, comecei a fazer fisioterapia há duas semanas. Gosto muito e acredito que vou melhorar cada vez mais, sem contar que fiz novos amigos”, declarou Severino.

Outra integrante da turma é a funcionária pública Cristiane Pereira dos Santos, 39 anos. Há dois anos ela sofreu um AVE. “Retornei ao trabalho, recentemente, e comecei a fisioterapia no Ciapi. Tenho certeza que vou evoluir muito aqui”, afirmou.

Como acontece o AVE

O acidente vascular encefálico, antes denominado cerebral (AVC), é a formação de um déficit neurológico súbito, causado por uma falha nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central.

Pode ser isquêmico, quando há obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu sistema vascular; hemorrágico, consequência de uma ruptura de um vaso, que pode ser um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior do cérebro; ou ainda o Acidente Isquêmico Transitório (AIT), falta de fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro por causa de um bloqueio de um vaso sanguíneo no cérebro e, geralmente, se resolvem em uma hora e nenhuma lesão cerebral permanente ocorre.

Os principais sintomas do AVE são: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa e comprometimento do sistema neurológico. O ideal é que seja atendido o mais rápido possível.

Entre as causas frequentes estão: hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, uso frequente de álcool ou drogas ilícitas, idade avançada e histórico familiar.

Para prevenir é preciso controlar a pressão arterial, monitorar a glicose e controlar a diabetes, manter os níveis saudáveis de colesterol, evitar o sobrepeso e a obesidade, adotar uma dieta saudável, praticar exercícios físicos e ficar longe do álcool, cigarro e drogas ilícitas.

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