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Gestantes indígenas recebem acompanhamento pré-natal pela equipe de saúde da Prefeitura

Primeira índia doula do Brasil é de São Sebastião. Recém-formada pelo curso da Prefeitura, Elaine Samuel Djakuka vai auxiliar as mulheres da sua aldeia durante o parto

Mensalmente, gestantes da Aldeia Indígena Rio Silveiras, localizada no bairro Boraceia, divisa entre São Sebastião e Bertioga recebem acompanhamento pré-natal pelo médico obstetra, Aurélio Giannoni e pela enfermeira obstetra, Carla Buço, ambos da Secretaria de Saúde (SESAU) da Prefeitura de São Sebastião, além da agente de saúde da Fundação Nacional do Índio (Funai), enfermeira Samira Brum.

Com apoio logístico da Secretaria de Turismo (SETUR), nesta sexta-feira (16), além das atividades mensais, os exames pré-natais contaram com um acompanhamento especial. A indígena Elaine Samuel Djakuka, recém formada pelo curso de doulas voluntárias do SUS, ministrado pela Prefeitura de São Sebastião, por meio da Fundação de Saúde Pública de São Sebastião (FSPSS), através do Centro Gestacional Harmonia para Vida observou o atendimento de pré-natal.

“Tenho muita honra e orgulho em poder acompanhar e ajudar as mulheres da minha aldeia (Rio Silveiras), como uma doula, num momento tão lindo que é o nascimento de uma criança indígena”, afirmou Eliane.

“Ela é a primeira doula indígena voluntária do SUS no Brasil, numa formação inédita que somente o município de São Sebastião oferece. As políticas públicas de saúde da Prefeitura de São Sebastião são referência nacional e internacional”, disse Carla Bruço, idealizadora e coordenadora do Centro Gestacional.

Projeto ‘Sala de Espera Florecer’

De acordo com a enfermeira obstetra Carla Bruço, o projeto ‘Sala de Espera Florecer’ ocorre desde 2017, e atualmente 12 gestantes indígenas, consideradas de alto risco realizam exames, participam de rodas de conversa, e recebem orientações para o desenvolvimento saudável, tanto delas, quanto do bebê.

Ainda de acordo com Carla, o pré-natal significa, além dos exames necessários para as boas condições de saúde da mãe e do bebê, um maior vínculo e comunicação entre as gestantes da aldeia, conhecimento da cultura local, em relação a saúde da mulher, higiene, e principalmente o resgate ao parto indígena, respeitando suas tradições.

Todos os atendimentos seguem os protocolos sanitários de combate a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), uso obrigatório de máscaras e utilização de álcool em gel 70%.

Posto de Saúde da Aldeia Indígena Rio Silveiras

A Prefeitura de São Sebastião, por meio da Secretaria de Saúde (SESAU), em 2019, reformou e readequou o Posto de Saúde da Aldeia Indígena Rio Silveiras, com novos mobiliários, prateleiras de medicamentos; equipamentos de assistência como mesas, cadeiras, divãs, mesa ginecológica, sonar, aparelho de pressão; eletrodomésticos para cozinha, como geladeira, fogão, micro-ondas; pintura interna e externa; recuperação do telhado; e melhorias de acesso. O investimento foi de aproximadamente R$ 30 mil. Ao todo mais de 300 pessoas foram beneficiadas.

Segundo a SESAU, o posto de saúde é de gestão da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).

No local atendem dois médicos cedidos pela Prefeitura de São Sebastião, sendo um clínico geral e um pediatra. Outros profissionais, como dentista, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de saúde são contratados diretamente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).

Fotos: Divulgação

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