Saliva: Pode te deixar mais gordo ou magro! Descubra qual é a sua

É genética? Sua dificuldade em diminuir o peso pode estar relacionada a isso!

Por Victória Costa

Entenda onde está o erro no processo.

A resposta está na diferença na saliva. Cada pessoa possui uma saliva diferente e dentro dela genes que podem fazer mais ou menos digestão de carboidrato da dieta.

Quando ingerimos o carboidrato como arroz, pão e macarrão, estes alimentos são quebrados em tamanhos menores para que sejam absorvidos. Essa digestão tem início na boca, ou pelo menos deveria ter, uma vez que a enzima “amilase salivar” dá início as quebras das cadeias de açúcar do alimento.

O que acontece é que as quantidades de amilase salivar variam entre os indivíduos, e quanto maior a quantidade desta enzima, maior a chance do indivíduo permanecer magro.

Sendo o oposto verdadeiro, onde menores quantidades de enzimas, maiores as chances de aumentar o peso e consequentemente desenvolver doenças como resistência à insulina e diabetes.

Essa enzima é produzida sob o comando do gene amy-1 e este pode variar de 1 a 15 cópias por indivíduo. Pessoas com menos de 4 cópias deste gene possuem 8x mais o risco de desenvolver a obesidade.

Você deve estar se perguntando, e se eu tiver esse gene ruim? Não tem jeito? Claro tem! E a resposta está em aumentar os exercícios cardiorrespiratórios como caminhada, corrida, bicicleta e natação. Quanto mais volume (tempo ou distância) você fizer mais enzimas terá. A intensidade também é importante para aumentar o número de enzimas.

Outro ponto a ser trabalhado para quem tem o gene defeituoso é usar uma estratégia nutricional adequada para o seu perfil. Uma nutricionista pode criar uma estratégia que contemple “jejum intermitente” e ou dieta “hipoglicêmica”. Isso vai compensar qualquer processo lento em termos genéticos.

Uma de minhas pacientes com 47 anos de idade, casada e com dois filhos descobriu na consulta que suas enzimas digestivas eram 40% mais rápidas que o normal e por esta razão “Nunca ganhava massa muscular”. Ela contou que, a vida inteira sempre foi muito magra e que nunca havia conseguido ganhar músculos, mesmo fazendo muitos exercícios.

Esse é um típico erro grosseiro que as pessoas cometem. Não entendem como funciona esse processo e tomam atitudes completamente opostas ao que necessitam e o resultado fica totalmente comprometido.

Temos muitos recursos como exames de sangue que nos permitem fazer uma análise bioquímica, celular e fisiológica dos nossos pacientes.

Aquelas consultas onde apenas se conversava com o paciente, media seu peso, altura e porcentual de gordura ficou para trás. Todo mundo hoje quer estar alinhado com os recursos mais modernos existentes. O problema é que nem todo mundo tem acesso a esse tipo de informação ou profissional.

Desde já me coloco a disposição para esclarecer qualquer dúvida que os leitores dessa revista eletrônica tenham.

Victória Costa

Nutricionista formada pela Unisantos em 2011, especialista em Nutrição Funcional e Fisiologia do Exercício.

Siga Victoria Costa no Instagram! >> https://www.instagram.com/victoria.t.costa/