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Ilhabela realiza palestra sobre “Autismo e a Vida Adulta” para coordenadores de estágio

A Prefeitura de Ilhabela, por meio da secretaria de Administração e em parceria com a secretaria de Educação, promoveu a palestra “Autismo e a Vida Adulta”, voltada para os supervisores de estágio que têm sob sua supervisão pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), na manhã desta segunda-feira (14).

O objetivo principal foi promover a sensibilização dos servidores que atuam diretamente na orientação de estagiários, oferecendo informações relevantes e formas de tornar o ambiente de trabalho mais acolhedor e acessível.

O encontro ocorreu no Centro de Apoio Pedagógico Inclusivo (CAPI), localizado na Barra Velha, e reuniu cerca de 20 pessoas, entre eles supervisores de estágio das secretarias de Administração, Educação, Habitação, Cultura, Turismo além de membros do Departamento de Gestão de Pessoas. A capacitação foi conduzida pela psicóloga especialista em Análise do Comportamento ao TEA, Mônica Nascimento, com a participação da equipe técnica do CAPI, a profissional de educação inclusiva, Cintia Nobre, e da nutricionista especialista em inclusão e introdução alimentar, Ana Paula Ramos.

O autismo é uma condição neurológica que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Embora seja frequentemente associado à infância, dura toda a vida e está cada vez mais presente na sociedade por conta dos avanços no diagnóstico. Estima-se que atualmente uma a cada 34 crianças nasça autista.

A especialista Mônica Nascimento explicou que as pessoas com autismo podem enfrentar desafios significativos no mercado de trabalho, incluindo dificuldades de comunicação e de nuances de linguagem, como sarcasmo ou ironia; de interação social, como linguagem corporal ou expressões faciais; de adaptação, com mudanças no ambiente de trabalho e situações imprevisíveis e ainda problemas com o gerenciamento do estresse e ansiedade.

No entanto, essas pessoas também podem trazer benefícios para o mercado de trabalho, incluindo a atenção ao detalhe, o pensamento lógico e analítico, habilidades específicas e detalhadas em áreas como tecnologia, matemática ou ciências e a dedicação e motivação extras em áreas que os interessam.

Para inclui-las no mercado de trabalho, é importante proporcionar um ambiente acolhedor e compreensivo, fornecendo apoio e treinamento para ajudá-las a se adaptarem. A comunicação também precisa ser clara e direta. “Quando determinamos uma tarefa, é preciso ser claro quanto ao que se espera de conclusão daquela ação. Eles costumam ser muito diretos. Se você disser que algo deva ser realizado, provavelmente o autista não irá parar até que tudo esteja concluído, mesmo que a intenção inicial fosse apenas uma parcela do total”, ressaltou a coordenadora.

Como sugestão de técnicas que ajudam os autistas a lidarem com as tarefas diárias, ela citou a criação de rotinas estruturadas, com preferência à divisão em etapas e com metas factíveis. “Quadros brancos com uma lista de tarefas e com todas elas dividas por etapas, como um planner, costumam funcionar muito bem”, orientou.

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