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Centenário Lúcio Braun terá festival de cinema em parceria com a Cinemateca Brasileira

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O evento está previsto para ocorrer em junho, celebrando também o Dia do Cinema Nacional

Em comemoração ao centenário de Lúcio Braun, profissional do audiovisual que dá nome à videoteca municipal, o Governo Municipal, por meio da Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (Fundacc), realiza em sua homenagem um festival de cinema com filmes por ele editados, entre outras ações, em parceria com a Cinemateca Brasileira.

Braun faria 100 anos em 28 de janeiro de 2025 e o equipamento cultural que leva seu nome, comemora 23 anos em junho.

O evento está previsto para ocorrer em junho, celebra o Dia do Cinema Brasileiro (19/6) e contará com uma programação extensa, com exibições de filmes da companhia Vera Cruz, onde Braun trabalhou de 1950 até o encerramento das atividades da Cia.

Como chefia de montagem, editou filmes como “O Cangaceiro”, “Sinhá Moça”,”Chão Bruto”, “Um certo Capitão Rodrigo”, entre outros. Os títulos integram o acervo da Cinemateca Brasileira, preservando e difundindo o cinema e o audiovisual brasileiro em todas as suas formas de expressão.

Sobre Lúcio Braun

Lúcio Braun nasceu em São Paulo em 28 de janeiro de 1925, tendo falecido nesta cidade de Caraguatatuba em 17 de janeiro de 2000.

Em 1948 trabalhou como desenhista da Metalúrgica Matarazzo, quando o engenheiro-chefe, Franco Zampari, depois de fundar o “TBC – Teatro Brasileiro de Comédia”, criou a “Cia. Cinematográfica Vera Cruz”. Foi então trabalhar em São Bernardo do Campo como desenhista e assistente do diretor de estúdio Carlo Zampari. Desenhou as fundações e alicerces de vários estúdios. Em fins de 1950, foi transferido para o Departamento de Edição Cinematográfica, pois Carlo Zampari achou que tinha muita habilidade manual e sensibilidade e, na opinião dele, esses eram os principais requisitos para ser um bom montador.

Lúcio trabalhou então sob as ordens de Oswald Haffenricchter, inglês trazido da Europa por Alberto Cavalcanti para chefia de montagem da “Vera Cruz”.

Lúcio Braun editou filmes como: “O Cangaceiro”, “Chão Bruto”, “A doutora é muito viva”, “Um certo Capitão Rodrigo”, “Sinhá Moça”, entre outros, tendo recebido por duas vezes o prêmio “Saci” de cinema por melhor montagem.

Foi também montador e diretor de filmes publicitários, tendo sido laureado com cinco prêmios “Governador do Estado”.

Em 1980 aposentou-se e mudou-se para Caraguatatuba, cidade que frequentava desde a juventude. Na cidade, atuou ativamente da vida política, participou da fundação do PSDB, foi membro fundador da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Caraguatatuba (AAPC), onde atuou como Presidente do Conselho Consultivo. Foi membro do Conselho Municipal de Saúde e do Conselho Municipal de Cultura e posteriormente membro do Conselho Deliberativo da FUNDACC, sendo Coordenador da Comissão Setorial de Cinema, Foto e Vídeo da Fundação.

Em 10 de Junho de 2002, o prefeito Antonio Carlos da Silva, por meio do decreto 105/2002, denominou a Videoteca Municipal “Videoteca Lúcio Braun” pelos seus relevantes serviços prestados na área cinematográfica brasileira e ao município de Caraguatatuba, numa homenagem póstuma.

Cinemateca Brasileira

Tem por objetivo preservar e difundir o cinema e o audiovisual brasileiro em todas as suas formas de expressão.

O maior acervo de filmes da América do sul e membro pioneiro da Federação internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi oficializada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes.

Destaques

Entre os destaques estão as coleções de importantes companhias, como Vera Cruz, Atlântida, Maristela e Cinearte. E, ainda, arquivos fotográficos de personalidades do cinema nacional, entre elas: Fernando Duarte (fotógrafo), Glauber Rocha (cineasta), Paulo Emílio Sales Gomes (intelectual), Pedro Lima (crítico), Eva Nil (atriz), Norma Bengell (atriz), Ana Carolina (cineasta).

Estão ainda presentes na coleção registros de personalidades e filmes estrangeiros, com destaque para a coleção pessoal da jornalista Dulce Damasceno de Brito.

Fotos: JC Curtis/Fundacc

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