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Entre conscientização e controvérsia, o termo ‘woke’ divide opiniões

Nos últimos anos, as buscas na internet pelo termo “woke” aumentaram 1000%, emergindo como um dos termos mais debatidos no cenário sociopolítico e cultural global.

Com raízes no ativismo afro-americano, o conceito originalmente significava estar “desperto” para injustiças sociais e desigualdades. No entanto, o uso atual do termo transcendeu suas origens, ganhando interpretações diversas e gerando intensos debates, especialmente na internet. O termo “woke” surgiu na década de 1930 como parte da cultura afro-americana, sendo uma expressão de alerta para a luta contra o racismo e outras formas de opressão. Na década de 2010, ele foi popularizado pelos movimentos sociais como o Black Lives Matter, simbolizando um estado de conscientização sobre questões raciais, sociais e de direitos humanos.

Expansão e contexto atual
Hoje, “woke” é amplamente associado a ideais de justiça social, incluindo igualdade racial, de gênero, direitos LGBTQIA+, e sustentabilidade ambiental. Ele também é usado para descrever políticas de inclusão em empresas, escolas e no entretenimento.

No entanto, esse termo passou a ser empregado de maneira polarizadora, para alguns, ser “woke” é sinônimo de estar informado, engajado e comprometido com o progresso social. Para outros, especialmente críticos de certas correntes do ativismo, o termo é usado de forma pejorativa, indicando exagero, hipocrisia ou uma suposta imposição de valores progressistas.

O papel da internet e da cultura digital
A internet desempenhou um papel central na difusão e transformação do termo. Redes sociais, como Twitter e TikTok, tornaram-se palco de discussões sobre o significado e os limites do “woke”. Memes, hashtags e discursos polarizados ajudaram a consolidar a expressão como um símbolo tanto de apoio quanto de resistência a mudanças culturais. O debate em torno do “woke” reflete divisões culturais mais amplas. Empresas adotaram políticas mais inclusivas, enquanto debates sobre desigualdade alcançaram mais visibilidade, do outro lado, movimentos anti-woke alegam que a busca pela justiça social pode ser autoritária, gerando “cancelamentos” e limitando liberdades individuais.

“Woke” é mais do que uma palavra – é um reflexo das complexas transformações sociais do século XXI. Enquanto para uns representa progresso e conscientização, para outros simboliza divisão e exagero. Independentemente da perspectiva, é evidente que o termo continuará a influenciar os debates culturais e políticos, moldando a forma como a sociedade lida com questões de justiça e inclusão.

E você? Como interpreta o impacto do “woke” na sociedade contemporânea?

Imagem: Arte/Portal Notícias do Litoral

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