Até a primeira quinzena de junho 63 jubartes foram avistadas
Nem chegamos à metade da temporada de baleias e golfinhos e os números de avistamentos já são animadores, levando a crer que 2023 será um ano especial para a observação de cetáceos em Ilhabela. Até a primeira quinzena de junho, 63 jubartes foram avistadas em Ilhabela, número muito superior ao mesmo período de 2022, quando foram registradas 15, de acordo com o Projeto Baleia à Vista.
O arquipélago abriga 12 espécies de baleias e golfinhos que frequentam a região ao longo do ano. A que mais se destaca é a baleia jubarte, com seu comportamento acrobático elas dão um show no mar.
As jubartes são migratórias, todos os anos viajam cerca de 5.000 km desde a região subantártica das Ilhas Geórgia do Sul e Ilhas Sandwich do Sul, onde se alimentam, até a região de Abrolhos na Bahia, buscando águas mais quentes para a reprodução. Em Ilhabela elas estão de passagem e costumam ser mais vistas entre os meses de junho e agosto.
A presença destes grandes mamíferos tem chamado
à atenção dos turistas. Por conta disso, Ilhabela realiza um trabalho contínuo há três anos focado na qualificação do trade turístico, educação ambiental e promoção, para estruturar este segmento e garantir que o turismo seja sustentável, impulsionando a economia.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, Harry Finger, explica como a cidade vem trabalhando este novo produto. “Temos trabalhado junto a importantes parceiros, como o Viva – Instituto Verde e Azul, o Projeto Baleia à Vista e o Instituto Baleia Jubarte. Produzimos um guia turístico específico para a observação de baleias e golfinhos, desenvolvemos um vídeo com regras para avistagem segura e estamos divulgando para as marinas e nas redes sociais. Além disso, centenas de guias de turismo e agências de receptivo foram capacitados, desde 2021 cerca de 6 mil alunos e professores da rede pública de ensino receberam palestras sobre os cetáceos, realizamos duas exposições sobre o tema com ótima visitação: cerca de 25 mil pessoas, criamos um ponto instagramável com a réplica da baleia ‘pipoca’ na Praia do Perequê, e firmamos uma parceria com o Instituto Baleia Jubarte, que tem um espaço interpretativo ao lado do Píer do Perequê.”
A temporada segue até setembro. A cada ano a quantidade de guias e agências interessadas nesta atividade aumenta. De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, neste ano participaram da capacitação oferecida ao trade cerca de 45 pessoas, boa parte delas pela primeira vez. Além de ser uma experiência totalmente alinhada com o posicionamento da cidade como destino de natureza, a observação de baleias e golfinhos também é uma atividade com alto valor agregado, o ticket médio pode variar entre 57% e 130% acima do valor de um passeio de barco tradicional para o Bonete, por exemplo. Essa variação ocorre em função dos roteiros e experiências oferecidas pelas agências. A expectativa do público é alta, e o que temos percebido é a satisfação das pessoas aos postarem fotos e comentar o que vivenciaram.