A Prefeitura de São Sebastião, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria de Saúde (SESAU), alerta os munícipes sobre como agir caso encontrem ave com comportamento suspeito de influenza aviária (H5N1), doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas.
Atualmente, o Brasil soma 31 confirmações de contaminação de aves silvestres pela gripe aviária, e oito investigações em andamento. Um dos casos foi registrado em Ubatuba, no Litoral Norte, o primeiro no estado de São Paulo. A ave infectada em Ubatuba é da espécie trinta-réis-real.
De acordo com o CCZ, as aves infectadas pelo vírus podem apresentar sintomas bastante variáveis, entre eles sinais respiratórios como espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória. Podem, também, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, apresentar diarreia, sinais como incoordenação motora, torcicolo e alta mortalidade.
As espécies que inicialmente correspondem ao perfil de maior interesse epidemiológico são aves aquáticas migratórias com comportamento de formação de bandos ou colônias, com alimentação, descanso, produção de ninho ou reprodução associados a ambientes aquáticos como patos, gansos, marrecos, gaivotas, jaçanãs, maçaricos, trinta-réis, entre outros.
No entanto, uma vez que esteja disseminado o vírus, a doença pode afetar qualquer espécie de ave, causando enormes prejuízos à avicultura comercial e riscos à saúde pública.
A infecção humana ocorre principalmente por meio de contato direto com aves infectadas. Por isso, o CCZ alerta: não toque em aves suspeitas doentes ou mortas, ligue para 199 e aguarde orientação da autoridade sanitária. Aves suspeitas devem ser manipuladas somente por profissionais capacitados e com a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) completo.
O CCZ ressalta que o consumo de carne de aves e de ovos adequadamente cozidos não transmite a doença.