Um grave ‘acidente’ foi registrado na manhã desta quarta-feira (3) na Avenida Guarda Mor Lobo Viana, no Centro de São Sebastião. Representantes de vários órgãos participaram do atendimento simulado à ocorrência, que faz parte da campanha Maio Amarelo e alerta sobre a importância da conscientização de motociclistas no trânsito.
A operação envolveu as Secretarias de Segurança Urbana (SEGUR), por meio do Departamento de Tráfego (Detraf), Polícia Municipal e Guarda Mirim, além da Secretaria de Saúde (SESAU), com o Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (SAMU 192), além da Polícia Rodoviária Estadual, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil.
O ‘acidente’ envolveu uma colisão frontal de uma motocicleta com um carro que estava em outra faixa de direção. Dessa forma, todas as equipes puderam fazer o atendimento e analisar o tempo/resposta desde a primeira chamada à chegada ao local e socorro para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Hospital de Clínicas de São Sebastião (HCSS).
“Em menos de cinco minutos tínhamos a equipe aqui e o trânsito transferido para duas pistas deixando o sentido norte liberado para o socorro”, explicou Adriano Nogueira, diretor do Detraf.
Já o secretário de Segurança Urbana, Reinaldo Boarim, reforçou a importância dessas ações, principalmente para conscientizar e sensibilizar as pessoas que ‘assistem’ à cena. “Nosso intuito é que motoristas, motociclistas e pedestres repensem o trânsito e ajam com cautela”.
Mara Abreu, coordenadora do SAMU no Litoral Norte e diretora de Urgência e Emergência, destacou a importância da ação para a vivência dos profissionais que se depararam com essas situações todos os dias. “Para o SAMU, ter o menor tempo de chamada para uma ocorrência é o ideal, por isso esses simulados são importantes e depois servem para análise do grupo”.
Ainda conforme ela, é priorizado o atendimento com qualidade para minimizar sequelas nas vítimas e evitar que ela vá a óbito.
O vice-prefeito e secretário de Saúde, Reinaldo Moreira, destacou que investir em capacitação e treinamento é fundamental para garantir um atendimento de qualidade e salvar vidas. “Por isso, temos investido muito nessa área, valorizando os nossos servidores e capacitando-os cada vez mais”. Ele ainda parabenizou as equipes envolvidas na realização do simulado. “Essa atividade é extremamente importante para aprimorar o atendimento em situações reais de emergência e prevenir erros que possam comprometer a saúde e a vida dos pacientes”.
Ainda conforme Moreira, o SAMU é uma referência em atendimento e está muito orgulhoso do trabalho que a equipe vem desempenhando. “Parabenizo, mais uma vez, a todos os envolvidos no simulado e reafirmo o nosso compromisso em continuar investindo na capacitação e treinamento dos nossos profissionais”.
Para o sargento Rodolfo Cristiano Nunes, da Polícia Rodoviária Estadual, a organização e fluidez do trânsito são fundamentais nos casos de acidentes em vias públicas, além da elaboração do boletim de ocorrência.
Como parte da Campanha, alunos da Guarda Mirim fizeram uma ação paralela em quatro esquinas com o uso de faixas e entrega de folhetos informativos com o tema ‘Pressa Pra Quê? Maio Amarelo, no trânsito, escolha a vida’.
Um novo simulado será realizado no próximo dia 10 de maio, na Avenida Walkir Vergani, em Boiçucanga, na Costa Sul. “Também devemos fazer outra ação na região central, desta vez na Praia Deserta, onde há uma incidência muito grande de acidente com motocicletas”, antecipou o secretário Reinaldo Boarim.
Reações
O simulado do ‘acidente’ grave provocou várias reações em pedestres e pessoas em veículos que paravam para ver a cena e entender o que aconteceu. Uma delas foi a aposentada Paula Sant’ Ana Leite, 66 anos, que desceu do transporte coletivo e se deparou com o motociclista caído no asfalto e com o tornozelo ‘ferido e com fratura exposta’.
“Acho que foi um acidente aqui”, disse antes de ser informada de se tratar de um simulado. “Nossa foi muito real e assustador”, comentou. A artesã Brigiane Luiza do Carmo, 43 anos, também disse ter se confundido com uma cena real até descobrir se tratar de uma encenação.
O ajudante de serviços gerais Lourival Santos, 30 anos, estava impressionado com a realidade. “Tava passado na rua e vi que ele tava vivo, graças a Deus, mas fiquei preocupado”.