A Prefeitura de Caraguatatuba está preocupada com as dificuldades encontradas pelos agentes do Centro de Controle Zoonoses (CCZ) em realizar as atividades de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, o município tem uma pendência de 50% de vistorias (bloqueio mecânico) e nebulização não realizadas. Isso significa que metade das residências não recebe a visita dos agentes do CCZ, o que impossibilita o trabalho contra a dengue.
O coordenador do controle da dengue, Ricardo Fernandes relata que as equipes têm notado que a população continua preocupada com a Covid-19, e por isso não são recebidas.
Outro fator é o medo de sofrer algum tipo de violência. “Às vezes, essas pessoas estão com medo de não serem os agentes do CCZ ou ficam receosas por conta da situação envolvendo dois funcionários da unidade”, explica. A situação citada por Ricardo é um caso de feminicídio envolvendo uma funcionária e outro agente do local no dia 15 de julho.
Com relação à Covid-19, Ricardo reforça que “os agentes seguem o protocolo do Ministério da Saúde, com uso de máscara, distanciamento, e uso do álcool gel; que não entram em casas de idosos ou pessoas com sintomas da doença”, mas deixa claro que “é importante a vistoria no quintal ou área externa do imóvel”.
Para quem está com receio por achar que o agente não representa o CCZ, Ricardo orienta a obsevar alguns pontos: o agente sempre está uniformizado com camiseta, ou colete, com o logo da Prefeitura de Caraguatatuba e sempre estão portando seu crachá de identificação. Além disso, os agentes sempre estão acompanhados de um supervisor.
Se preferir, o morador também poderá entrar em contato com o CCZ para confirmar a presença dos agentes em seu bairro pelo telefone: (12) 3887-6888. As atividades são realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Ações de combate à dengue da semana
Nesta semana, os agentes do CCZ estão realizando apenas o bloqueio mecânico para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Estão sendo visitados os bairros Morro do Algodão e Porto Novo, das 8h ás 17h.
Os dois bairros fazem parte da ‘área 5’ que possui a ADL de 3,5%. De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, esse percentual indica que é preciso estar em estado de alerta. Índice menor que 1% é satisfatório e se está acima de 4% é considerado alto risco.
A ‘área 5’ ainda inclui os bairros Jardim Britânia, Praia das Palmeiras, Pontal Santamarina e Golfinhos. Ambos estão localizados na região sul.
Foto: Luís Gava/PMC