No dia 30 de julho, é celebrado o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas, momento em que se busca a conscientização contra a grave violação de direitos humanos que acontece em todo o mundo. A Prefeitura de São Sebastião, por meio da Coordenadoria da Mulher, reconhece a importância do tema e adere à Campanha Coração Azul, iniciativa de conscientização para combater o tráfico de pessoas e seu impacto na sociedade.
Segundo o Protocolo de Palermo, código adotado pela Organização das Nações Unidas e assinado por diversos países, caracteriza-se tráfico de pessoa toda ação que impede o direito de ir e vir, que visa obter autoridade sobre a pessoa, com o consentimento ou contra a vontade dela, com o intuito de exploração.
A maioria das vítimas são mulheres, principais alvos dos exploradores sexuais, mas são traficados também homens, crianças, adolescentes, transexuais e imigrantes. Essas pessoas são impedidas de sair da situação de exploração por receberem ameaças contra si ou contra familiares, ou ainda pela retenção de seus documentos, dependência química, necessidade financeira, entre outras situações.
Uma forma de enfrentar esse crime e reduzir o número de vítimas, é alertar quanto ao perfil usual de aliciadores para que ninguém seja enganado e traficado:
– Costumam ser pessoas próximas, inclusive familiares e supostos amigos, que possuem grande capacidade de convencimento;
– Fazem promessas milagrosas, como um trabalho com alto salário, carreira de sucesso ou condições melhores de vida;
– Falam o que a vítima quer ouvir, sempre agradam seu alvo;
– Costumam se apresentar como proprietários de casas de show, bares, agências de viagens, de encontros, de matrimônios e de modelos.
– Segundo o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime, os aliciadores são homens entre 31 a 40 anos, com bom grau de instrução e relações estáveis;
Qualquer pessoa que foi ou é vítima ou conhece alguém que tenha sido aliciado pode denunciar por meio do Disque 100. Os serviços funcionam 24 horas por dia e possuem atendimento em português, inglês e espanhol. A denúncia é anônima e o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhamento do caso, que é recebido, analisado e encaminhado aos órgãos de proteção, defesa e responsabilização em direitos humanos.