A Defesa Civil de Caraguatatuba participou de uma oficina preparatória para operação estiagem, que acontece no inverno, devido ao tempo seco da estação. Ainda dentro desta frente, o prefeito Aguilar Junior assinou o Termo de Adesão ao Plano de Contingência de Estiagem da Casa Militar, do governo do Estado.
Este é o primeiro ano que ocorre essa parceria, de forma a realizar ações de mitigação e preparação estabelecidas para a operação do plano. Os riscos maiores envolvem as queimadas em mata, mais perigosas quando ocorrem próximas a residências, e também para a saúde, especialmente para quem sofre de problemas respiratórios.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Capitão Campos Junior, com as oficinas, os agentes se preparam para apoiar as operações, lideradas pelo Corpo de Bombeiros.
A região é cercada pela Mata Atlântica, com grande vegetação, e por isso a orientação do Corpo de Bombeiros de Caraguatatuba é que as pessoas não coloquem fogo no mato porque, além de ser crime ambiental, pode gerar riscos e atingir residências.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Litoral Norte, Capitão Newton Krüger, quem mora em áreas isoladas precisam tomar cuidados, mesmo na hora de proteger sua residência.
A orientação é evitar a limpeza do terreno nesta época de seca com a utilização do fogo, pois ele se propaga de forma descontrolada, por meio até de uma simples fagulha, causando grandes perdas.
Aos que gostam de acampar ou fazer trilhas, a recomendação é de muita cautela, e que não façam fogueiras, para que não fique qualquer tipo de brasa que possa se transformar em incêndio. “Nenhum material pode ser descartado na mata, por se tratar de crime ambiental e risco de incêndio”, alerta Krüger.
Em situação de emergência, a comunidade deve acionar os Bombeiros pelo telefone 193 ou a Defesa Civil, pelo 199.
A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca faz um alerta sobre a proibição de queimadas em todo perímetro urbano do município e atenta para a lei 1630 de 2007, que proíbe queimadas de pneus, lixo, vegetação rasteira, restos de podas e demais detritos, dentro do perímetro urbano da cidade.
A determinação tem como objetivo preservar o meio ambiente, além de proteger a população, promovendo segurança e qualidade humana, animal e vegetal.
A desobediência pode acarretar em multa no valor de 200 VRMs, o que representa R$ 748. Em caso de reincidência a multa dobra de valor.
Quem observar algum tipo de queimada nestas condições pode denunciar anonimamente na Secretaria de Meio Ambiente pelo telefone 3897-2530.
Risco à saúde
Neste momento que enfrentamos a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), incêndios em matas são um risco muito maior para as pessoas que têm problemas respiratórios. Além dos transtornos provocados por doenças como rinite, asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, a gravidade aumenta se houver necessidade de vagas e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quando a crise é muito grave.
No geral, a saúde é afetada porque a fumaça contém diversos elementos tóxicos. Essas partículas, ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório e conseguem transpor a barreira epitelial (a pele que reveste os órgãos internos), atingindo os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegando até a corrente sanguínea.
A fumaça de queimadas florestais também pode provocar dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.
Lembrando que a pessoa que apresentar qualquer sintoma de gripe ou resfriado deve procurar os equipamentos de saúde.
Foto: Divulgação/PMC