Após um mês de instalação dos coletores de bituca pela cidade, a Prefeitura de Caraguatatuba divulgou, nesta segunda-feira (12), que foram recolhidas 7.750 bitucas de cigarro, totalizando mais de três quilos de material que deixaram de poluir as praias e pontos turísticos da cidade.
O projeto é desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e Conselho Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a empresa Poiato Reciclagem, a única no mundo patenteada para reciclagem do material.
Segundo a empresa, a cada duas bitucas descartadas nas águas, corresponde a poluição causada por 1 litro de esgoto. Em um mês, o descarte correto dos resíduos de cigarro deixou de contaminar 3.875 litros de água.
A parceria tem como principal objetivo incentivar o descarte correto de bitucas de cigarro em nove pontos da cidade, onde foram instalados: Mirantes da Orla (Por do Som), Entreposto de Pesca do Camaroeiro, Complexo Turístico ‘Mirante do Camaroeiro’, Parque Trombini, Feira do Artesão e Calçadão.
Além destes locais, as praias Martim de Sá, Prainha e Cocanha também receberam cinzeiros de praias confeccionados com bambu, onde o banhista tem um lugar para descartar corretamente as cinzas e as bitucas.
O material recolhido é enviado para uma usina de reciclagem de bitucas, para ser descontaminado e transformado em massa celulósica (papel). A ideia é que o produto reciclado retorne ao município, sendo direcionado para entidades sociais, utilizarem em projetos de artesanato com a população.
Segundo o sócio da empresa, Gabriel Poiato, conforme experiência com outras cidades, a tendência é que este número aumente com o tempo, assim que a população for se acostumando a descartar nos coletores. “Outro fator é que na alta temporada de verão e com aumento dos turistas, este número multiplique”, destacou.
A secretária de Meio Ambiente, Tatiana Soares Scian, explica que a bituca de cigarro representa uma quantia significativa dos resíduos coletados nas ações de limpeza de praias. “O descarte incorreto, muitas vezes ocorre pela falta de consciência da parte do fumante ou pela falta de locais corretos para a dispensa dos cigarros. Sendo assim, este projeto já oferece uma solução e a previsão é que mais locais sejam contemplados”, disse.
Foto: Luis Gava/PMC