A queda é um evento bastante comum e devastador entre pessoas idosas. Além dos problemas médicos, as quedas apresentam custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a dependência e a institucionalização.
Para alertar a população sobre os riscos e consequências, a Organização Mundial de Saúde (OMS), dedicou o 24 de junho como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. Essa data foi incorporada ao calendário do Ministério da Saúde do Brasil, tendo como público-alvo a pessoa idosa.
A escolha desse segmento populacional pode ser explicada por dados de relatórios globais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que revela: a frequência das quedas em pessoas acima de 65 anos vai de 28% a 35% e entre 32% e 42% para a faixa etária com mais de 70 anos.
A cada 15 segundos, um idoso é atendido em um serviço de emergência em decorrência de uma queda, e a cada dez idosos que procuram pelo serviço médico, três precisam ser internados.
Segundo dados do Ministério da Saúde, dentre as complicações mais graves estão fraturas, principalmente de fêmur, e traumatismo craniano. A OMS registra um milhão de fraturas de fêmur de idosos no mundo, sendo 600 mil só no Brasil. Destas, 90% são causadas por tombos.
Estudos mostram, ainda, que 30% dos idosos sofrem quedas e 75% dessas quedas acontecem dentro das próprias residências.
A prevenção de quedas é tarefa difícil, devido à variedade de fatores que as predispõem.
Entre os motivos mais comuns estão os físicos como: distúrbios de marcha, vertigem, confusão mental, fraqueza muscular dos membros inferiores, osteoporose, artrose nos joelhos e quadril, diminuição da visão, entre outros.
Também fatores ambientais, pois todos os lugares de uma casa (sala, quarto, banheiro, cozinha, área de serviço) podem ser armadilhas e comprometer a circulação segura do idoso como: tapete, varal, tamanho de pias, maçanetas, altura de armários, pisos escorregadios ou desnivelados, móveis em locais de passagem, ambientes mal iluminados, etc.
Para combater as causas físicas relativas às quedas são recomendados exercícios para fortalecer a musculatura; o equilíbrio; ingestão de suplementos orais de vitamina D e cálcio para mulheres saudáveis na pós-terapia de reposição hormonal e bifosfonatos, de acordo com recomendação médica; exposição à luz solar; caminhadas e dieta específica orientada por nutricionista.
Quanto ao ambiente, simples cuidados e adaptações podem diminuir o risco de acidentes dentro de casa como: modificações na organização dos móveis para não obstruírem a passagem; móveis com quinas arredondadas; aumentos da iluminação; colocação de pisos antiderrapantes; barras de apoio, banquinhos ou cadeiras no Box para o banho; barras ao lado ou na frente do vaso sanitário, substituição de escadas por rampas ou elevadores; armários e bancadas com altura adaptada; telefone e capainha ao lado da cama; quando necessário, usar andador ou bengala; entre outras medidas.