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Atleta bicampeão mundial de halterofilismo adaptado doa material para equipe de paratletas de Caraguatatuba

Uma conversa entre amigos acabou originando um presente histórico para a equipe do esporte adaptado de Caraguatatuba, que ganhou dois bancos para supino, os primeiros homologados pelo Comitê Olímpico Brasileiro, doados pelo medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, Alexsander Whitaker.

Quem conta essa história é a fisioterapeuta, Ana Paula Alksnins, da Secretaria Municipal de Esportes e Recreação.

“O Alex é meu amigo pessoal e contava para ele que saí dos atendimentos na Secretaria de Saúde para cuidar dos paratletas da equipe de esportes adaptados da cidade. Ele vibrou e ofereceu doar dois bancos de uso pessoal, os primeiros que ele adquiriu no início do halterofilismo, e suportes de anilhas. Ficamos muito felizes com a aquisição, porque além de dar início a uma nova modalidade, também servirá para os treinos dos paratletas de atletismo e natação”, contou Ana Paula.

De acordo com o bicampeão mundial o que o motivou a doar o equipamento foi o trabalho diferenciado voltado aos paratletas da cidade. “Achei bacana e resolvi colaborar um pouquinho. “Espero ver, em breve, no cenário paralimpico, atletas de Caraguatatuba. Contem comigo!”, declarou Whitaker.

Campeão Paralímpico – Antes de perder os movimentos das pernas por causa de um tiro, durante um assalto, em 1997, aos 23 anos, Alexsander Whitaker, era professor de judô. Para encarar a nova condição física e dar a volta por cima começou a treinar natação. Mas logo foi fisgado pelo levantamento de peso adaptado.

“Com o halterofilismo adaptado comecei a me sentir forte, me sentir bem com meu corpo de novo, e isso foi fundamental para minha autoestima”, relembra Whitaker.

A ascensão no esporte foi relativamente rápida. Foi bicampeão nos Jogos Mundiais de Cadeiras de Rodas, em 2003 e 2005, medalhista de ouro nos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, e campeão brasileiro 20 vezes consecutivas.

Hoje aos 50 anos, pós-graduado em Nutrição Esportiva, divide seu tempo entre os treinos, aulas e a profissão de nutricionista, atuando na área junto à equipe paralímpica brasileira.

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