A Prefeitura de Caraguatatuba promove, nesta terça-feira (18), Dia Nacional de Luta Antimanicomial, às 16h, mesa redonda virtual com o assistente social, Romeu Kazumi Sassaki, que abordará o tema: “Os desafios e avanços do cuidado para com a deficiência psicossocial”.
Sassaki é celebrado como “pai da inclusão no Brasil” e o maior pesquisador brasileiro atuante sobre a educação, autonomia e direitos das pessoas com deficiência. Possui uma carreira extensa, que acumula diversos livros publicados como a “Inclusão no lazer e turismo” e, o mais famoso, “Inclusão – Construindo uma sociedade para todos”, além de vários artigos publicados em revistas especializadas nacionais e internacionais.
Propagou a educação inclusiva, desenvolvendo conceitos que consistem em estabelecer um ambiente que proporciona o fácil acesso da pessoa com deficiência para o local de estudo, para que consiga praticar plenamente seus aprendizados, como qualquer outra criança.
Estão convidados a participar da mesa redonda profissionais da secretaria de Saúde – CAPS II e CAPS Álcool e Drogas, secretaria da Pessoa com Deficiência e do Idoso, secretaria de Educação e secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania. Os interessados podem efetuar a inscrição pelo endereço https://forms.gle/GJvaqRu2vencgYiAA
História – A década de 1980, no Brasil, foi marcada por muitas mobilizações sociais em prol da democracia e garantia de direitos. No que se refere à saúde mental a década também foi importante, pois vieram à tona muitas denúncias sobre os maus tratos que ocorriam aos pacientes com transtornos mentais dentro dos manicômios. Em 1987, com o “Movimento de Bauru” ocorreu a primeira manifestação pública organizada, no país, pela extinção dos manicômios.
O dia 18 de maio foi instituído como o Dia da Luta Antimanicomial, data em que os profissionais, pessoas com transtornos mentais e seus familiares se unem para promover discussões, palestras, eventos musicais, culturais e esportivos, sempre com o enfoque da necessidade dos tratamentos humanizados, realizados em serviços abertos, com equipes interdisciplinares e com a proposta da não institucionalização.
Um das grandes conquistas do movimento antimanicomial foi em 2001, com a Lei Federal nº 10.216, que visa garantir a proteção dos direitos das pessoas que possuem transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Sendo assim, foi se estruturando, no território nacional, uma rede psicossocial para o cuidado da população com Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), leitos de Urgência/Emergência em Hospitais Gerais, Residências Terapêuticas, Centros Dias, Oficinas Terapêuticas e Profissionalizantes que propõem tratamento e reinserção social.
Atualmente as manifestações do dia 18 de maio continuam para a garantia dos atendimentos em serviços de qualidade e combate aos preconceitos que ainda sofrem as pessoas com transtornos mentais. Em tempos de pandemia os eventos acontecem no âmbito virtual.
Foto: Arte/PMC