Comprometidos a garantir a aprendizagem dos alunos com deficiência durante o período de aulas remotas, professores da Secretaria da Educação (SEDUC) da Prefeitura de São Sebastião se adaptaram às novas dinâmicas de ensino, com uso de tecnologias, para assegurar a continuidade e qualidade da educação inclusiva no contexto da pandemia.
Os trabalhos desenvolvidos pelo Espaço de Apoio Pedagógico Especializado (EAPE), que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade para a plena participação e formação dos alunos da rede municipal, não pararam. Os educadores e equipes gestoras desenvolveram estratégias e materiais para seguir atendendo as necessidades educacionais dos 600 estudantes do programa.
A partir disso, a professora Emiliana Sanches, da EM Prof.ª Cynthia Cliquet Luciano, da Enseada, explica sobre a importância de manter o vínculo e o acolhimento ao aluno e sua família. “Além das aulas com as turmas, eu também me dedico aos atendimentos individualizados, em atenção às possibilidades de cada grupo familiar. São os pais que ajudam as crianças e adolescentes no uso das tecnologias e com as tarefas, então eu faço de tudo para incluí-los nessa nova rotina”, comentou a docente.
Para Rosi Aparecida Morais, mãe do João Vitor, 13 anos, aluno da professora Emiliana, o ensino em casa tem sido diferente, mas está contente em acompanhar o desenvolvimento do filho. “As atividades do EAPE são muito importantes para o João. É muito bom ver a atenção e o carinho que ele recebe, e eu não poderia me sentir mais acolhida pela escola”, disse Rosi.
Seguindo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, as atividades desenvolvidas no EAPE diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. O atendimento complementa e/ou suplementa a formação do ensino regular com vistas à autonomia e independência do aluno na escola e fora dela.
A professora Viviana Ribeiro, da EM Joana Alves dos Reis, do Canto do Mar, conta que teve que se reinventar. “Gosto de trabalhar com música, contação de histórias e confecção de materiais que ajudam a vivenciar os conteúdos. No começo pensei no desafio que seria continuar esse trabalho, mas com o apoio de todos da equipe descobri que mesmo pelo celular ou computador podemos continuar auxiliando nossos alunos”, ressaltou Viviana.
A equipe de Educação Especial da SEDUC é composta por professores especialistas, intérpretes de Libras e especialistas em surdez, além de uma psicóloga e coordenação própria. Os profissionais participam de formações semanais, além de reuniões periódicas e atualizações pedagógicas.
Foto: Divulgação/PMSS